Hoje, já se regou uma
parte das últimas cebolas plantadas. A parte que não foi regada encontra-se
numa zona mais húmida (diz-se mais "fresca") que, por outro lado, não
é tão apropriada para elas.
A plantação foi
feita com o resto do canteiro, aproveitando a quase totalidade das plantas,
mesmo as de pequenas dimensões. Mas a experiência está a mostrar que, para
melhores resultados, convém que os exemplares plantados sejam relativamente
encorpados, porque só assim resistem bem ao manuseamento posterior da terra
durante as mondas, sachas e regas. Além disso, as plantas muito pequenas
são facilmente abafadas pelas ervas que vão aparecendo. Em todo o caso, a
plantação mantém-se, até ver. Mesmo que as cebolas, no final, sejam pequenas,
era esse mesmo o objectivo!
Regaram-se também os feijões junto ao ribeiro (nos últimos dias, colocaram-se canas nas filas dos que são de trepar. Notei que alguns feijoeiros, dos rasteiros apenas, têm as folhas inferiores doentes. Possibilidade de míldio?
Aguaram-se as covas
de melancias, porque a terra seca muito rapidamente, o que retarda ou impede
mesmo a germinação das sementes.
Com a água existente no açude, regou-se parte do "ferrejo de milho" da horta de baixo. A rega continuará amanhã, quando houver água outra vez.
As plumeiras
Continuou-se a
limpeza do ribeiro, para impedir a acumulação de excesso de vegetação e a
propagação de ramos e raízes que atravessem a linha de água, com grande perigo
de obstrução. Mantém-se o problema das cortaderia
selloana (plumeiras) na outra margem. Deve haver poucas plantas com que
seja tão difícil lidar para as controlar ou eliminar. Uma vez desenvolvidas,
não há ferramenta que entre com elas. Nem mesmo o fogo resulta
convenientemente, além de estar absolutamente fora de questão usá-lo, tanto por
estar proibido nesta época como pelo evidente risco de propagação de incêndio
incontrolável, porque estão no meio de um matagal de grandes dimensões,
essencialmente constituído por silvas, mas também por robinia pseudoacacia — outra espécie proibida plantada pelo
anterior dono daquele terreno — sabugueiros e até mesmo videiras selvagens (e
até por se encontrarem na margem oposta, confinante com terrenos de
outros). Experiências anteriores (em
estações mais húmidas) mostram que elas ardem por fora mas ficam intactas por
dentro e voltam a ganhar rebentos mais tarde. De qualquer forma, quem teria de
fazer a limpeza seria o dono do terreno contíguo, o que não faz, por estar
ausente e possivelmente por não lhe interessar fazer despesas numa propriedade
que herdou mas que não lhe rende nada (não tem ali mais que umas oliveiras e,
recentemente, emprestou o terreno para pasto de ovelhas, possivelmente sem
qualquer compensação). Ele é alheio à colocação daquelas espécies invasoras,
porque na altura ainda não era dono do terreno, mas supõe-se que deve ser
responsável pela sua permanência. No entanto, como não há interesse em criar
conflitos, vai-se limpando o que está a mais… e a vida continua.
Numa pesquisa na net sobre a cortaderia
selloana (que por aqui é conhecida como "palha-carga", vá-se
lá saber porquê) fico a saber que ela tem tendência para rebentar vigorosamente
depois dos incêndios, o que exclui, portanto — e para além das razões já apresentadas —, o uso do fogo como método de eliminação. Alguém vai ter de
gastar uns cobres na aquisição do herbicida…